24/02/2013
Os
Sendeiros Cósmicos e os Raios divinos
Tal
como a Hierarquia dos Sete Raios atua em conjunto, os grupos de ascensão dos
rishis ou videntes também formam coletivos setenários. Citemos:
"(...)
existe uma resistência em relacionar os Sete Sendeiros cósmicos diretamente os
Sete Raios da divindade. Ainda que tal coisa possa ser realizada com muito
proveito, melhor seria dizer que se tratam de realidades complementares, do que
propriamente unificadas, porquanto os Sete Sendeiros atuam na esfera nirvânica
e os Sete Raios atuam na manifestação." (LAWS, "O Livro dos
Chohans")
A Dupla
Evolução da Hierarquia
Evolução
Oculta: os Sete Sendeiros & Evolução Manifesta: os Sete Raios
1. O
Sendeiro de Serviço na Terra.
......................................................... 1. Vontade-Poder
2. O
Sendeiro de Trabalho Magnético.
.................................................... 2. Amor-Sabedoria
3. O
Sendeiro de Treinamento para Logos
Planetário...............................
3. Inteligência-Atividade
4. O
Sendeiro que conduz a Sírio. ..........................
................................ 4.
Arte-Beleza
5. O
Sendeiro de Raio.
........................................................................... 5. Mente-Concreção
6. O
Sendeiro no qual se acha nosso Logos. ....... 6.
Devoção-Religião
7. O
Sendeiro da Filiação Absoluta.
......................................................... 7. Ritual-Organização
Naturalmente,
cada esquema pode oferecer chaves para o outro. Temos feito notar sempre,
aliás, que a dupla designação dos Sete raios, também comporta uma dimensão
interior-exterior ou espiritual-material.
Cada
Sendeiro possui um regulamento próprio, mas também existe o Grande Regulamento
para o conjunto dos Sete Sendeiros. As Regras dos Seis Grupos Nirvânicos,
difere das Regras do Grupo de Manifestação do Primeiro Sendeiro (de
"Serviço na Terra", que origina os Sete Raios), mas todos atuam
sempre em conjunto. Aparentemente, Agartha é formada pela Grande Fraternidade
Branca. Na verdade, esta reúne os Mestres da Loja manifestada, atuando no mundo
junto à humanidade, conferindo instrução e orientação direta aos seres humanos.
As outras missões nirvânicas também integram Agartha e Shambala, como funções
vitais dos Grupos de Ascensão. Um estudo dos trabalhos grupais dos guerreiros
toltecas, transmitido através do antropólogo Carlos Castañeda, pode trazer
muita luz sobre o assunto. Na literatura de Alice A. Bailey também existe muita
informação, e a nossa obra "A Tradição Tolteca" reúne e compara todas
estas informações, entre outras coisas mais.
Comentemos,
pois, rapidamente os Sete Sendeiros (para mais, ver nossas obras "O Livro
dos Chohans" –de onde extraímos as citações que segue- e "O Portal de
Farohar"):
1. O
Sendeiro de Serviço na Terra ou de "assistência à humanidade". É a
via dos Bodhisatwas, os grande renunciantes. Estes Mestres aceitam atuar junto
à humanidade, orientar as nações e recebem discípulos, sempre dentro de um
espírito de unificação.
2. O
Sendeiro de Trabalho Magnético de "imantação planetária". É um
caminho de amor e magnetização planetária. Os mosteiros são escolas naturais
deste Sendeiro. "Os mestres trabalham aqui para livrar a humanidade dos
miasmas inferiores, purificando o astral e elevando as aspirações."
3. O
Sendeiro de Treinamento para Logos Planetário ou da "ilusão
criadora". O trabalho dos auxiliares de Logos prepara para se tornar um
Logos. "Além de se atuar neste sendeiro com o lótus causal, construindo o
antahkarana solar, neste Sendeiro o iniciado vê o mundo como um sonho ou uma
criação da mente, e controla a forma atuando desde uma espécie de corpo mental
(mayavirupa) cósmico.
4. O
Sendeiro que conduz a Sírio ou do "arrebatamento superior". "O
grande atributo deste sendeiro foi descrito como arrebatamento cósmico e
bem-aventurança rítmica, sendo que o êxtase dos místicos cristãos aponta nesta
direção. (...) Temos neste sendeiro a grande via de ascensão da humanidade para
a esfera da hierarquia."
5. O
Sendeiro de Raio ou da "projeção dos Arquétipos". Este Sendeiro atua
com a precipitação de energias. "Os aspectos mais importantes deste
sendeiro são de natureza mental. Em termos formais, podemos dizer que nele as
chaves ocultas (dadas em sonhos, visões, etc.) são de natureza geométrica. É
através das formas e dos números que o conhecimento deve ser então
alcançado."
6. O
Sendeiro no qual se acha nosso Logos ou da "visão cósmica interior".
Este misterioso sendeiro, é também chamado o "Sendeiro da Visão", e
seu grande atributo é o desenvolvimento da visão cósmica interna. Seu objeto de
contato é a natureza do Logos solar, numa forma cósmica da devoção e
idealismo."
7. O
Sendeiro da Filiação Absoluta ou do "discipulado cósmico". Também
chamado o "Caminho da Ação", "o grande atributo deste sendeiro é
o de `Discipulado cósmico' (...) Esta filiação é uma analogia, num plano mais
elevado, desse grau do discipulado que chamamos `Filho do Mestre.' (...) É dito
que este último sendeiro confere o acesso ao `Portal de Liberação', sendo por
isto o mais próximo da natureza dos Budas".
Os
Mestres Ascensos atuam sob estas sete modalidades em torno do Senhor do Mundo.
Na
reprodução acima, vemos os sete centros espirituais de Agartha em torno a
Shambala central, sede do Rei do Mundo. Na base estão as doze expressões da
raça-raiz. Em algumas representações, também existe a intenção de mostrar estes
setores periféricos como grupais.
O
grande centro da sexta iniciação é, naturalmente, o sexto chakra, Ajna, o centro
frontal. Como centro terminal da evolução solar setenária, Ajna é o
chakra-portal que dá acesso aos Sete Mundos de Evolução superior.
Existe
nisto uma analogia com os Sete Raios, na medida em que em nosso sistema solar,
os Raios derivam do Segundo Raio de Amor-Sabedoria, o qual deve ser relacionado
ao Ajna Chakra, precisamente.*
Ajna reúne
e duplica a soma das pétalas dos cinco chakras inferiores (os quais somam 48
pétalas), numa forma de "espelho cósmico" que redundaria uma
estrutura decimal de chakras -semelhante à da Árvore Sefirótica da Cabala. O
valor 48, representa na tradição sufi o "número da Terra", e na
tradição tolteca, as 48 emanações cósmicas que formam o mundo.
Na
gravura abaixo, reorganizamos estes valores na forma de ciclos setenários, onde
toca à cada pétala um montante de 7x7 sub-esferas, sub-raios ou sub-pétalas.
Cada grande pétala serve de "folha" de um portal cósmico, o lado de
dentro sendo o pralaya ou a absorção cósmica, contendo os Sete Sendeiros de
Evolução superior dos Mestres ascensos, e o lado de fora sendo o manvantara ou
a manifestação cósmica, contendo os Sete Raios nos quais se organizam os
Mestres que optam pelo Primeiro Sendeiro de Evolução superior. O Primeiro
Sendeiro (o dos Bodhisatwas) e o Primeiro Raio (Vontade-e-Poder), integram um
campo comum de transição, algo ao modo da vesica piscis, e que terminam por
figurar uma esfera logóica central, representando neste caso o nosso Logos
planetário, relacionado inicialmente a Sanat Kumara, e logo ao Chohan do 1º
Raio.
Esta
disposição indica a existência de 49 sub-sendeiros de evolução superior, de
resto sugerida na idéia das Sete Lojas e dos 49 sub-ashrams da Hierarquia,
atuantes no plano da manifestação através das Lojas organizadas da Hierarquia
dos Sete Raios. A Loja Branca é a esfera de esforços e de serviço
"exterior" do Logos, além se representar a grande tarefa das
sub-raças originais. Esta Grande Fraternidade Branca dos "Mestres
Ascensos" que conhecemos, é o agrupamento setenário do 1º Sendero de
Evolução superior, a qual deve todavia ainda se manifestar na Terra para
consumar o seu trabalho.
Podemos
dizer que estas pétalas, se voltam para direções contrárias. As suas energias
são semelhantes, mas o foco é oposto. Assim, os Sete Sendeiros estão voltados
para cima e para dentro, enquanto que os Sete Raios estão voltados para baixo e
para fora - sempre sob a elevada conotação do Sendeiro de Retorno. Por esta
razão, é que o nome do grande Senhor da Compaixão no Budismo, Avalokiteshwara,
significa "aquele que olha para baixo", isto é, para o mundo, com o
intuito de salvá-lo.
Tal
como indica o Arcano VI do Tarô, acima, a Sexta Iniciação envolve uma grande
resolução, simbolizada pelas duas grandes pétalas de Ajna Chakra, que mais do
que uma opção entre os Sete Sendeiros, diz realmente respeito a deixar este
mundo e acatar o nirvana, ou seguir no mundo e renunciar ao nirvana. Daí o nome
dado por Alice A. Bailey a esta iniciação, chamada de "A Decisão".
Assim, a "opção" em vista transcende a moral comum, embora tampouco
chegue a ser inversa, como alguns têm ousado sugerir.
A opção
pela mulher pecadora, diz respeito neste caso não a optar pelo pecado, mas por
querer auxiliar a humanidade caída e a permanecer no seu seio com este fim,
naturalmente se preservando moralmente através dos esforços espirituais
necessários. Esta opção lembra o Sendeiro Mahayana do Budismo, denominado
"O Grande Caminho", por ser movido pela compaixão e pela renúncia ao
nirvana, levando o mestre a seguir reencarnando com fins de serviço à
humanidade, ou a deter de poder de influência espiritual mesmo quando
desencarnado.
E a
opção pela mulher virtuosa, até pode ser envolver os cuidados com alguma
comunidade especial, mas diz respeito melhor à limitar-se mais às próprias
ordens e ao ascetismo em si, assim como a se liberar do trato direto com a
humanidade após o desenlace físico-carnal. Esta opção lembra, por sua vez, o
Sendeiro Hinayana do Budismo, denominado "O Pequeno Caminho" pelos
adeptos do sendeiro anterior, por ser movido pelo desejo de iluminação pessoal
(ou senão, pelo anonimato espiritual meramente) e pela tomada do nirvana,
levando o mestre a não mais reencarnar nesta Terra. Vale lembrar, contudo, que
mesmo nas esferas cósmicas, prossegue o serviço da evolução maior, capaz de
auxiliar a humanidade de outras formas que não o ensino ou a assistência
direta.
Da obra
"As Luzes do Pramantha", LAWS, Ed. Agartha, AP.
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